Drive: A surpreendente verdade sobre o que nos motiva

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A maioria das pessoas acredita que motivação tem ligação direta com recompensas, como o dinheiro. No entanto, como Daniel H. Pink salienta em Drive: A surpreendente verdade sobre o que nos motiva, o segredo dos bons desempenhos e da satisfação com o trabalho é a própria necessidade humana de criar algo novo, de melhorar a si mesmo e ao mundo. Com base em quatro décadas de investigação científica acerca da motivação humana, Pink expõe a discrepância entre o que a ciência sabe e as empresas aplicam, demonstrando como isso afeta todos os aspectos da nossa vida.
No youtube, encontram-se vídeos sobre o tema. Acreditem, vale a pena assistir a eles. Eis um exemplo:
RSA Animate - Drive: A surpreendente verdade sobre o que nos motiva (legendado)

[escadajr]

Correndo o risco de sair pela tangente do assunto, acho que o que nos motiva mesmo é mulher: o nerd quer se mostrar inteligente para ser bem visto pela mulherada; o bombado quer que as mulheres admirem seus músculos; o rico quer que a mulherada admire sua carteira; o político, que elas admirem seu poder; o artista, que admirem seu talento.

No fundo, por qualquer caminho que sigamos, vamos sempre ao encontro de nossas necessidades primordiais: sobrevivência e reprodução.

O que me lembra um experimento na escola: o professor descreve que, tendo colocado um rato (faminto e em abstinência sexual por um longo período) numa encruzilhada, com comida de um lado e uma rata de outro, observou que o rato sempre se encaminhava para a comida. Repetiu a experiência diversas vezes, com diversos tipos de comida, sempre com o mesmo resultado, concluindo assim que a sobrevivência é um instinto mais poderoso que o instinto de reprodução.

No que um estudante o interrompe e lhe pergunta: "Professor, o senhor experimentou trocar a rata?"

[jefersonba]

Realmente sobrevivência e reprodução move muita coisa, mas nem tudo. Por exemplo, o que me motiva a tocar violão/guitarra ou a jogar xadrez, não é nem uma das duas.

[escadajr]

Talvez nossa grandeza, como seres humanos, seja justamente a capacidade de observarmos e compreendermos o mundo além dos nossos instintos básicos.

A arte, considerada por muitos estudiosos como uma forma de sublimação do instinto básico de reprodução, conduzindo-o para a expressão criativa, seria a melhor demonstração desta grandeza.

Transformamos, assim, o desejo de reproduzir para gerar uma prole em algo mais sublime, que seria o desejo de criarmos algo (não necessariamente filhos). Pode-se dizer que é o mesmo instinto, mas melhorado. Este instinto versão 2.0 é o que nos diferenciaria das outras espécies.

O outro instinto básico, o da sobrevivência, sublima-se na atividade espiritual, que nada mais seria do que a busca por uma existência prolongada além da morte (a sobrevivência da alma). Acredito que somos a única espécie que tem consciência que irá morrer, daí a busca espiritual/religiosa para superar a morte e sobreviver.

Onde se encaixariam então o altruísmo, o espírito colaborativo, a vontade de se aperfeiçoar e fazer deste um mundo melhor, como bem ilustra o vídeo enviado por você? Segundo alguns, são sublimações do instinto de sobrevivência da espécie, não apenas do indivíduo. Segundo outros, é a fagulha de Deus em nossos corações.

Pessoalmente, mesmo sendo às vezes cético, prefiro acreditar que seja esta última.

[jefersonba]

Há teorias que dizem que a automotivação gira em torno de 3 elementos básicos: autonomia, domínio e propósito.

Autonomia: o desejo de direcionar nossas próprias vidas.
Domínio: o desejo de melhorar cada vez mais fazendo algo que importa.
Propósito: o desejo de fazer o que fazemos, para que sirva a algo maior que nós mesmos.